Pesquisa do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) aponta que a mineração registrou um crescimento de 16% em relação ao ano passado no número de empregos formais, seja como empregos diretos nas empresas ou em serviços terceirizados. O estudo constatou ainda que 84% da mão-de-obra empregada na mineração no Pará estão no setor dos minerais metálicos enquanto que os demais estão distribuídos entre os não-metálicos. Somente no setor de ferro estão 55%, seguido do alumínio, com 17%.
Segundo André Reis, coordenador regional do Instituto Brasileiro de Mineração – Ibram Amazônia, “até 2012, pelo menos mais 15 mil empregos diretos serão criados nas atividades de mineração e transformação mineral”. Apesar desta demanda, muitos profissionais ainda não estão aptos a preencherem as vagas que vão surgir nos projetos em andamento e nos previstos para serem instalados nos próximos anos no Estado.
Preocupado com esse cenário, o setor mineral pretende ampliar esta discussão junto à sociedade, instituições de ensino, empresários e poder público durante o I Congresso de Mineração da Amazônia, que será realizado pelo Ibram – com apoio da Fiepa e governo do Estado, paralelamente à Exposição Internacional de Mineração (Exposibram 2008), no mês de novembro, em Belém.
Conscientes da carência de mão-de-obra mais preparada e da necessidade de aprimoramento de empresas que fornecem bens e serviços no Estado, indústrias do setor mineral estão investindo na qualificação de estudantes e técnicos para atender suas demandas assim como o governo e entidades da classe empresarial desenvolvem projetos para garantir a competitividade das fornecedoras que atuam na região.
André Reis comenta que o setor de mineração, juntamente com a indústria de transformação mineral, foram responsáveis por R$ 2,3 bilhões em compras de fornecedores locais e empregaram 47 mil pessoas no Estado em 2007. “Em média, o Pará responde por 36% dos fornecimentos aos grandes projetos e este número aumentará diante dos US$ 20 bilhões em novos investimentos em mineração, que virão até 2012. Agora, cabe às empresas locais abraçarem as oportunidades que surgem, ao Plano de Desenvolvimento de Servidores (PDF) capacitá-las e ao Ibram apoiar esta iniciativa”, diz André Reis.
Diário do Pará
Fonte: InfoMet