Vale aposta na diversificação

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Explorar novos mercados e explorar outros metais. Esse é um dos principais focos da Vale para o ano de 2012. A maior mineradora do mundo venceu como Empresa Mais Admirada do setor de Mineração o Prêmio DCI, e também foi eleita a Empresa de Capital Nacional mais admirada do Brasil. – “Esta premiação é muito importante para nós, pois reflete o reconhecimento de que a empresa está no rumo certo”, afirma o presidente da Vale, Murilo Ferreira (na foto).

O resultado das ações da mineradora para se destacar em um mercado tão competitivo pode ser visto no crescimento contínuo registrado pela Vale nos últimos anos. O executivo, empossado este ano, afirma que a empresa tem investido em ativos lucrativos, que geram retorno a seus investidores, funcionários e comunidades em que está presente, assim como para o País.

“O mercado global de minério de ferro está aquecido”, comenta.

De olho no futuro, Ferreira afirma que não acredita em uma desaceleração da China, principal consumidor de minério de ferro do mundo, ou da própria Vale.

Ele destaca que o país asiático continuará crescendo acima de 8%, o que deve conferir ao setor a certeza de que as vendas ficarão dentro do esperado.

A Vale também tem procurado atuar em diferentes setores. “Nosso foco continua sendo minério de ferro e níquel, porém estamos sempre ampliando o nosso leque de produtos. Além disso, buscamos crescimento nos segmentos de carvão, cobre e fertilizantes”, ressalta Ferreira.

Ele afirma que a Vale está investindo no desenvolvimento de inúmeros projetos no setor mineral, como Carajás Serra Sul, para produção de minério de ferro, além de outros planos de exploração de cobre nas jazidas de Salobo, no Pará, e de Konkola North, na Zâmbia, no continente africano.

Ferreira admite, no entanto, que o market share da mineradora em minério de ferro no mercado local vem caindo ao longo dos anos. Em 2005, a Vale tinha 70% do mercado consumidor de minério de ferro no Brasil; hoje tem 50%, e em 2014 terá cerca de 29%. Por isso o executivo diz que a empresa tem incentivado projetos siderúrgicos, no Brasil.

Além disso, a Vale aumentou seus investimentos na África, considerada hoje pela empresa a “nova fronteira da mineração” no mundo. “Hoje, as melhores oportunidades de desenvolvimento de grandes projetos na área de mineração estão na África”, garante Ferreira. O executivo destaca que o continente é prioridade.

Outro projeto ambicioso da Vale é no setor de fertilizantes.

Recentemente, a companhia anunciou a meta de ser a única produtora do Brasil de potássio, uma das principais matérias-primas utilizadas na fabricação de fertilizantes. “A Vale recebeu, em abril deste ano, a Licença Prévia do Projeto Carnalita, em Sergipe, que será a maior planta de extração de potássio do Brasil quando entrar em operação” destaca Ferreira. Ele também alerta para investimentos nesse segmento no Rio Colorado, na Argentina; Bayóvar II, no Peru, e Salitre, Minas Gerais.

A Vale continuará com seus investimentos em minerais, principalmente minério de ferro, cobre, níquel e carvão. E para aumentar a competitividade de suas operações, investirá em ferrovias, terminais marítimos, navegação e geração de energia. Isso porque, de acordo com Ferreira, a logística constitui um instrumento de competitividade importante para ao longo da história da Vale.

No próximo ano a mineradora planeja ocupar toda a sua capacidade instalada de produção de minério de ferro. Além disso, pretende completar o seu programa plurianual de investimento da ordem de US$ 24 bilhões, que deve ser finalizado ainda no primeiro trimestre do ano que vem.

Ferreira diz que para crescer de forma sustentável é preciso enxergar oportunidades. Para a Vale, as melhores oportunidades de futuro estão localizadas em um continente muitas vezes esquecido no mundo dos negócios: África.

“Hoje, grandes projetos na área de mineração estão na África, por isso esse continente é prioridade no plano de investimentos da Vale para os próximos anos”, destaca o presidente, ao DCI.

A empresa já tem investimentos em Zâmbia, Moçambique, República Democrática do Congo e também no Malauí.

Atingir excelência e mantê-la ao longo do caminho não é matéria fácil. O presidente da Vale afirma que inovação tecnológica desempenha um papel estratégico para garantir o crescimento sustentável da empresa. “Para transformar recursos minerais em riqueza e desenvolvimento, investimos na descoberta de novos depósitos minerais, o que só é possível através de investimentos.”

Ele garante que a companhia trabalha baseada em um “tripé” de sustentabilidade (questões econômicas, ambientais e sociais) e com gestão de capital disciplinada, investindo em áreas estratégicas, sempre em busca de oportunidades de novos negócios saudáveis. No cenário que se desenvolve rapidamente, crescimento e competitividade serão certamente fundamentais.

A expansão em níquel e a entrada nos segmentos de carvão, cobre e fertilizantes mostra a abrangência do plano de diversificação traçado pela Vale para crescer.

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