Entrevista – Ana Cristina Franco Magalhães

Entrevistas

A RedeAPLmineral, entrevistou Ana Cristina Franco Magalhães Diretora de Mineração – DIMIN – Secretaria da Indústria Comércio e Mineração-SICM para saber expectativas do IX Seminário Nacional de Arranjos Produtivos locais de Base Mineral e VI Encontro RedeAPLMineral.

RedeAPLmineral – Quais as expectativas para o IX Seminário Nacional de Arranjos Produtivos Locais de Base Mineral e VI Encontro da RedeAPLmineral?

Ana Cristina – As expectativas são as melhores possíveis. Começamos a organização do evento desde o final de 2011 e estamos com, praticamente, tudo pronto. Para isto a comissão organizadora vem se reunindo sistematicamente, a programação do evento já está definida, todos os palestrantes contatados e a maioria deles já confirmados. Assim, a nossa expectativa é que agora a comissão concentre todos os seus esforços na divulgação do evento.

RedeAPLmineral –   Qual importância do tema do evento “Estruturas de Governança e Inovação em APLs de Base Mineral”?

Ana Cristina – O tema foi proposto por entendermos que a questão da governança constitui-se num dos maiores gargalos enfrentados pelos diversos APL’s espalhados pelo país. Ao participarmos da 5ª Conferência Brasileira de Arranjos Produtivos Locais, realizada em Brasília em novembro de 2011, verificamos que este também era um ponto fraco para a maioria dos APL’s dos países da América do Sul, presentes ao evento, o que fortaleceu parte do tema proposto para este seminário.

Agregamos também ao tema a questão da inovação tecnológica, por concordarmos que este tem sido um dos elementos mais focados nos diversos arranjos produtivos, bem como um dos principais responsáveis pelo desenvolvimento dos APL’s brasileiros, sendo ainda tema de muitos estudos acadêmicos.

RedeAPLmineral –  A Governança é um ponto importante para qualquer segmento. Quais são as principais barreiras no âmbito de APLs?

Ana Cristina – A principal barreira está no equilíbrio entre a competição e a cooperação dentro do APL. Aliado a este equilíbrio, no meu entendimento é necessário que a governança seja endógena ao APL e tenha a capacidade de liderar, mediar e aglutinar os diversos componentes do APL, tornando-se sempre um processo que é longo e difícil já que todos estes elementos deverão ainda estar aliados à confiabilidade na governança.

RedeAPLmineral –  O que o IX Seminário Nacional de Arranjos Produtivos Locais de Base Mineral e VI Encontro da RedeAPLmineral traz de novo com relação aos anteriores?

Ana Cristina – Neste ano, além de continuarmos o foco nos participantes dos diversos APL’s de Base Mineral brasileiros, inserimos na programação uma avaliação do seminário, para a qual será contratado um consultor, que irá fazer uma análise de todo o evento e no final esta analise servirá de base para que sejam elencados os resultados do seminário, assim como sejam elaboradas metas e compromissos a serem assumidos pelos participantes e organizadores.

RedeAPLmineral – –   Em sua opinião o evento dará maior visibilidade e expectativa de crescimento ao segmento mineral da região?

Ana Cristina – Sem dúvidas. O setor mineral é a “bola da vez”, com muitos investimentos anunciados e a descoberta de novas jazidas. Assim, um evento que trata especificamente do setor, em especial dos Arranjos Produtivos Locais de Base Mineral, cuja forma de trabalho tem se mostrado como uma excelente oportunidade para o desenvolvimento de segmentos minerais, por vezes desorganizados ou com pouca estruturação, irá despertar a atenção dos seus diversos segmentos, em especial daqueles que têm potencial para vir a se constituir em um novo APL.

RedeAPLmineral – Quantos municípios na Bahia estão envolvidos no Arranjo Produtivo Local de Base Mineral?

Ana Cristina – Atualmente a Bahia possui apenas um Arranjo Produtivo Loca de Base Mineral, formalmente constituído, que está localizado no município de Ourolândia, com direta influência no município de Jacobina. Encontram-se ainda em fase de constituição outros dois APL’s, um no município de Riachão de Jacuípe, com foco na indústria cerâmica e outro em Campo Formoso, de gemas e artesanato mineral. Há a possibilidade de também ser criado um APL de gemas e jóias em Salvador.

RedeAPLmineral –  O que está sendo pensado/elaborado pela Comissão Organizadora a respeito do atendimento aos encaminhamentos resultantes das palestras e dos debates que vão ocorrer ao longo da realização dos encontros da RedeAPLmineral?

Ana Cristina – Conforme já nos referimos, cada uma das entidades e participantes dos APL’s de Base Mineral presentes ao evento deverão assumir compromissos e metas, com objetivos e os prazos definidos, os quais serão determinados ao final do evento, durante a “Oficina de Avaliação de Resultados, Metas e Compromissos do IX Seminário e VI Encontro da RedeAPLmineral”.

Fonte: Equipe de Comunicação RedeAPLmineral
 

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