Segundo a Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), 100 dos 417 municípios do Estado têm, hoje, alguma atividade de mineração. Desses, 90% estão localizados na região conhecida como semiárido – área queatravessa longitudinalmente a Bahia entre a faixa litorânea e o vale do Rio São Francisco. “É uma dádiva que exatamente onde o solo é menos fértil haja espaço para a mineração”, avalia o secretário de Indústria, Comércio e Mineração da Bahia, James Correia.
Segundo Correia, a mineração é, hoje, o principal indutor de contratação de mão-de-obra no interior. Não por empregos diretos – a atividade registra em torno de 11 mil funcionários no Estado, com a expectativa de atrair mais 5 mil com os investimentos anunciados -, mas pelo impacto causado pela atividade.
“O caso da Mirabela, em Itagibá, por exemplo: a empresa tem 950 funcionários, 80% oriundos da Bahia, mas dezenas de prestadoras de serviços foram criadas com a contratação de mais 2 mil pessoas”, diz Correia.
Empresas mineradoras pagam, entre os tributos, a Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM), que tem 65% de seu valor repassado à cidade onde a mina está instalada.
Itagibá, município de 15 mil habitantes, em precária situação financeira desde o fim das lavouras de cacau, recebeu R$ 4,1 milhões apenas pelo CFEM – 16% da arrecadação total do município no ano passado, pouco menos de R$ 25 milhões.
Fonte: O Estado de São Paulo