Situada em Feira de Santana, a Maram, que trabalha com mármores e granitos há 24 anos, registrou um aumento de 40% no faturamento nos últimos dois anos. De acordo com o diretor, André Régis, o grande número de empreendimentos surgidos na Bahia é fundamental para esse acréscimo. “As construtoras correspondem a mais de 50% dos nossos clientes, e esse boom imobiliário no estado está ótimo para a empresa”, afirma. A Maram trabalha com peças sob encomenda, como pias, pisos, mesas e soleiras.
Régis foi um dos 20 empresários do ramo de marmorarias que estiveram no auditório Orlando Moscozo, na sede do Sebrae, nas Mercês, em Salvador, durante a manhã da última quinta-feira (9). O objetivo do encontro foi assistir a palestras sobre questões que permeiam o setor de rochas ornamentais no Brasil, no intuito de fortalecê-lo e torná-lo ainda mais competitivo.
O geólogo e consultor da Associação Brasileira da Indústria de Rochas Ornamentais (Abirochas), Cid Chiodi Filho, acredita que o crescimento da construção civil é animador, mas impõe alguns cuidados aos marmoristas. “A questão a se discutir é a capacidade de atender a essa demanda. É preciso analisarmos se é mais interessante vender a rocha ou fazer o acabamento e passar a venda a terceiros”, indaga.
Durante a apresentação do seminário Rochas Ornamentais: Tendências e Oportunidades, Cid destacou a necessidade de aprimoramento dos colaboradores das empresas, principalmente os vendedores, para suportar com qualidade a alta demanda do mercado. “Não é só preço, é vender informação. É necessário que o vendedor conheça os produtos, pois se as marmorarias não incorporarem esse conceito, vão se nivelar por baixo e perder em competitividade”, destacou.
Para a consultora do Sebrae, Katherine Silva, esse tipo de ação é fundamental para os empresários se planejarem para 2011. “Isso aguça o conhecimento e traz coisas novas para eles, já que o empresariado baiano precisa focar que só sobrevive no mercado atual quem obtiver conhecimento do ramo em que atua”, ressaltou. O evento foi realizado pelo Sebrae em parceria com o Sindicato da Indústria de Mármores, Granitos e similares do Estado da Bahia (Simagran), Senai e Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti).
Por: Fábio Vasconcelos