Projetos saem da gaveta para a prática

Notícias Gerais

dom, 27/01/2008 – 12:36

O crescimento da economia aliado à valorização de preços no mercado e a políticas de captação de investimentos do governo trouxeram muitos projetos engavetados à prática. Exemplo disso é o da Votorantim, que vai desembolsar cerca de R$ 300 milhões para implantar uma fábrica em Baraúna, perto de Mossoró, com perspectiva de produzir 1,5 milhão de toneladas de cimento/ano. Há cerca de 10 anos o grupo comprou uma reserva de calcário na região mossoroense, descobriu o potencial de produzir cimento de boa qualidade a partir do minério, dois ou três anos depois, mas preferiu esperar o momento mais aquecido da construção civil para seguir com o plano. A expectativa é que a unidade entre em operação em dois anos, abastecendo os mercados do RN, da Paraíba e do Ceará, segundo informações divulgadas pelo grupo.

No mesmo intervalo de tempo, a Tupi, também cimenteira, pretende colocar em funcionamento sua planta industrial, com produção de 1 milhão de toneladas/ano e investimento de R$ 200 milhões. ‘‘O Brasil está com carência de cimento e o melhor lugar para produzir hoje é o RN. Temos matéria-prima de alta qualidade e estamos na esquina do continente, com posição estratégica para exportar’’, observa Carvalho.

Na tentativa de transformar Mossoró num pólo cerâmico, a governadora ofereceu incentivos e acabou atraindo também grupos como o catarinense Itagrés, que vai produzir porcelanato, investindo cerca de R$ 100 milhões no projeto. A Porcelanas Viva e a fábrica de porcelanas Santa Aliança se somam à lista de investidoras. A Vidres, empresa espanhola com sede no Brasil, é outra que vem explorar o potencial do RN. Está construindo uma fábrica em Macaíba para produzir vidrado, uma espécie de acabamento para pisos. O investimento, nesse caso, deverá ficar entre R$ 15 milhões e R$ 20 milhões. Para o secretário estadual de desenvolvimento econômico, Marcelo Rosado, ‘‘a mineração está se tornando a cada dia uma mina de ouro para o Rio Grande do Norte’’. ‘‘No passado foi importante por causa da scheelita. Hoje, além dela, temos outros minérios que ajudam a puxar esse bom momento. O setor está gerando muitos empregos, sendo alvo de grandes investimentos, mas ainda está dando os primeiros passos. Isso porque ainda há grande perspectiva de crescimento, já que o mercado externo está comprador e temos grandes reservas aqui’’, analisa ainda ele.

Exemplo de que o mercado está comprador é o ferro tungstênio, filão de um dos ícones do setor mineral potiguar, a Metais do Seridó S.A. (Metasa). No segundo semestre de 2007, a empresa retomou as atividades de sua fábrica, com produção mensal estimada em 10 toneladas e capacidade para triplicar o volume. A decisão de reabrir a unidade foi tomada pelo mesmo motivo que a levou a fechar, sete anos atrás: mercado. Na época, a tonelada do produto era cotada no mercado internacional a US$ 10. Em agosto do ano passado essa mesma tonelada valia US$ 35.

FonteDiário de Natal

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