Cláudia Pellegrinelli, Coordenadora do Programa MINERAÇÃO, desenvolvido pelo IBRAM – Instituto Brasileiro de Mineração
A mineração sempre ocupou um papel fundamental para a economia nacional e, mais destacadamente, para o desenvolvimento de Minas Gerais e do Pará, estados que, juntos, respondem por quase 80% da produção mineral brasileira. Este gigantesco mercado será responsável em 2014 por uma receita superior a US$ 43 bilhões apenas no Brasil, segundo estimativa do IBRAM – Instituto Brasileiro de Mineração, que também prevê investimentos de US$ 53,6 bi para o setor nos próximos cinco anos. Números vultuosos, que reafirmam uma vez mais o poder de um segmento que, embora afetado pela crise mundial, busca se manter otimista, favorecendo o crescimento de municípios que têm na atividade a sua principal fonte de renda.
Este cenário é enriquecido ainda por duas questões primordiais para a execução das atividades minerárias e sem a quais não é possível crescer com sustentabilidade: a saúde e a segurança dos trabalhadores. Considerada atualmente como prioridade absoluta para as empresas mineradoras no mercado global, a área de SSO – Saúde e Segurança Ocupacional também vem concentrando um número crescente de investimentos. São iniciativas que buscam garantir a integridade física daqueles que estão por trás de toda a complexa logística que garante, ao Brasil, ocupar o terceiro lugar entre os maiores produtores de minério de ferro em todo o mundo – sem mencionar a nossa rica produção em outras áreas extrativas.
O tema também sempre esteve entre as maiores preocupações do IBRAM, que lançou, em 2011, o MINERAÇÃO – Programa Especial de Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração, com o intuito de estimular o desenvolvimento de projetos por parte das mineradoras. Esta iniciativa pioneira prevê o estímulo à prevenção no âmbito do trabalho por meio da implantação de uma série de ações voltadas para atenuar os principais riscos detectados no segmento mineral, como a criação de um sistema de gerenciamento de riscos, atendimento às emergências, treinamentos específicos, intercâmbio de boas práticas, banco de dados com informações estatísticas sobre acidentes específicos para o setor, para citar alguns exemplos.
Com uma base sólida, a iniciativa completa três anos ainda mais fortalecida, com o interesse e comprometimento cada vez maiores, por parte das empresas, de interromper o ciclo que levou a mineração a se projetar, outrora, nas estatísticas de acidentes de trabalho. Hoje temos um panorama promissor, com empresas realmente empenhadas em desenvolver projetos inovadores, que colocam o país em sintonia com as principais iniciativas mundiais.
Nosso orgulho em liderar e estimular este movimento não tem preço. O reconhecimento aos esforços de nossos associados a fim de garantir o direito legítimo, de todos os empregados, de regressar seguros para as suas casas e suas famílias após um dia de trabalho, será reconhecido, mais uma vez, com a segunda edição do prêmio Melhores Práticas em Saúde e Segurança do Trabalho. Com o inestimável apoio do SESI/CNI, buscamos, desta maneira, transformar o segmento mineral brasileiro em um exemplo de segurança para todos aqueles que, bravamente, contribuem para o crescimento de nosso país.
Fonte: Estado de Minas