Brasil integra grupo seleto de países que investe em pesquisa do grafeno

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Inaugurado na semana passada, o Centro de Pesquisas Avançadas em Grafeno, Nanomateriais e Nanotecnologias é o primeiro do gênero na América Latina criado para estudar o mineral grafeno. Instalada no campus Higienópolis da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, a estrutura física ocupa 4 mil metros quadrados, distribuídos em um prédio de sete andares e mais dois pisos no subsolo, somando investimento de R$ 100 milhões.

Com a iniciativa, o Brasil passou a fazer parte do pequeno grupo de países que busca novas aplicações industriais, a partir do mineral, para criar ou aperfeiçoar manufaturados. Entre os que usam as propriedades do grafeno estão a China, onde foram registradas 2.204 patentes; os Estados Unidos, com 1.754, e a Coreia do Sul, com 1.160.

Apontado como um excelente condutor de energia e extremamente resistente, o grafeno poderá ser aplicado em produtos como plástico ou látex, televisão e smartphone, entre outros. Poderão ser criados aplicativos nos segmentos automotivo, aeronáutico e esportivo. De acordo com a Universidade Mackenzie, existem projeções de que essa tecnologia gere um mercado de aproximadamente de US$ 1 trilhão nos próximos dez anos.

Segundo o físico Christiano Matos, os trabalhos serão feitos no centro por uma equipe de 130 pessoas e por meio de parcerias, inclusive com cientistas chineses. O físico elenca três pontos das pesquisas: a fotônica – tecnologia do uso da luz, principalmente fibras ópticas; o armazenamento de energia em baterias e supercapacitores, para obter celulares mais leves e compactos; e materiais como polímeros mais eficientes.

Matos informou que existem várias empresas, principalmente dos setores de telecomunicações e de energia, interessadas nos resultados que podem ser alcançados. “Nossa esperança é que não se perca essa oportunidade de buscar conhecimentos em benefício da sociedade”, disse ele.

Dados da universidade mostram que a produção mundial de grafeno natural em 2013 foi 1,1 milhão de toneladas. A maior parte (70,4%) refere-se à produção na China, seguida pela Índia, Coreia do Norte, Brasil e Canadá.

Fonte: Agência Gestão CT&I, com informações da Agência Brasil

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