O desenvolvimento do setor de mineração na Bahia, além de subsídios que nortearão a elaboração do novo marco regulatório nacional do setor, estão recebendo um olhar especial da Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração do Estado da Bahia. De acordo com o secretário James Correia, a mineração no país passa por um momento muito importante, com a definição do seu novo marco regulatório. “Dentro desse contexto, o Governo do Estado pretende conhecer as expectativas da comunidade mineral baiana. Queremos que esse encontro seja o passo inicial nesse processo”, disse o secretário.
Em encontro recente sobre o tema realizado na capital baiana, mais de 50 representantes da comunidade mineral baiana estiveram presentes para debater sobre o tema.
Segundo Correia, com base na troca de informações, o governo baiano espera definir um esboço da mineração do estado, para ser apresentado ao governo federal e à Comissão de Minas e Energia da Câmara Federal. “Essa discussão é muito importante para que possamos ter um cenário real do que poderemos apresentar como proposição ao governo federal”, argumentou durante o encontro para debater o tema realizado recentemente na capital baiana.
Potencial
A Bahia tem um dos maiores potenciais minerais do Brasil. Atualmente é o quinto maior produtor mineral do país, sendo o estado mais bem estudado geologicamente, com sua área coberta em 86% por levantamento aerogeofísico. Seu extenso território possui uma gama de minerais com grande potencial para exploração, a exemplo da bauxita, ferro, cobre, níquel, ouro, manganês, titânio, vanádio, magnesita, molibdênio e quartzo de alta pureza.
Além do secretário James Correia, o evento – realizado no auditório do Museu Geológico da Bahia, no Corredor da Vitória -, teve a participação do presidente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral, Alexandre Brust, e representantes de empresas mineradoras.
Melhorias
Para a melhoria da infraestrutura logística da Bahia, o governo federal, por meio do Ministério dos Transportes, vai investir R$ 5 bilhões nos próximos cinco anos. O projeto, destinado à retomada e realização de obras em todo estado, foi apresentado na quinta-feira, na Governadoria, em Salvador, pelo ministro dos Transportes, César Borges, e sua equipe, ao governador Jaques Wagner e ao vice-governador e secretário de Infraestrutura, Otto Alencar.
De acordo com o ministro, as obras envolvem todos os modais de transporte, hidroviário, ferroviário e rodoviário – a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), a Ferrovia de Camaçari (ligação ferroviária do Polo Petroquímico ao Porto de Aratu), a Hidrovia do São Francisco, e ainda a manutenção e construção de rodovias federais.
Borges explicou que entre os objetivos está o de avançar na duplicação da BR- 116, no trecho concessionado, exigindo que a concessionária cumpra com as cláusulas contratuais. Além disso, duplicar a BR- 101 – sendo a obra iniciada na divisa da Bahia com Sergipe até a BR-324 -, e o trecho que liga o Espírito Santo a Eunápolis.
Segundo o ministro, dentro do Programa de Investimentos e Logística, há projetos importantes para dinamizar o setor ferroviário da Bahia. São três ferrovias – a primeira vai ligar Belo Horizonte (MG) a Salvador. A segunda fará a ligação Salvador a Juazeiro, e a última, Salvador a Recife.
Fonte: Jornal Corporativo