Extração de ouro avança 3.683% em MT

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Neste ano, produção aurífera alcança 7,872 quilos, 23,54% a mais que no ano passado. Até 2013, com a exploração de novas reservas, volume de ouro retirado do solo mato-grossense irá totalizar 13 mil quilos, podendo alcançar 15 mil quilos em 2015. Dados são do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). Atualmente o Estado é considerado o terceiro maior produtor nacional do minério, superado apenas por Minas Gerais e Pará. Aumento da exploração de jazidas está diretamente relacionada à valorização do ouro nos últimos anos.

Entre 2001 e 2011, preço do metal aumentou 585%. Enquanto em agosto de 2001 a cotação do ouro equivalia a US$ 270 por onça-troy (que equivale a 31,1 gramas), neste mês já chegou a valer US$ 1,850. Em apenas dois dias, entre 17 e 19 de agosto, preço pago variou de US$ 1,790 por onça- troy para US$ 1,850 , numa alta de 3,35%. Mas esse pico ainda é inferior ao registrado em 1980, quando alcançou valor equivalente a US$ 2,516. Valorização é resultado do maior interesse de investidores em adquirir ouro, considerada opção mais segura, num momento de instabilidade econômica internacional, com crise na Europa e Estados Unidos.

Prestígio do ouro aumentou até mesmo nos Bancos Centrais, conforme reportagem publicada no New York Times na última semana. Para 2011, ouro está sendo notado como melhor classe de ativo. De acordo com registro do Conselho Mundial do Ouro, os BCs detêm 29 mil toneladas de ouro, sendo que a maior parte – cerca de 8 mil toneladas pertence aos Estados Unidos. Em mais uma “corrida pelo ouro”, cerca de 15 empresas de grande e médio porte têm realizado pesquisas em Mato Grosso.

Províncias auríferas estão localizadas na Baixada Cuiabana (Poconé), Pontes e Lacerda, Nova Xavantina e extremo Norte do Estado (Alta Floresta, Aripuanã, Peixoto de Azevedo). No país, número de requerimentos de pesquisa para exploração do metal aumentou 34,80% no primeiro semestre deste ano, num total de 1,162, ante as 892 solicitações registradas pelo DNPM entre janeiro e junho do ano passado. Até agora, 746 foram outorgadas.

No momento, interesse pela exploração de ouro supera de outros minérios, como o ferro. Dentre os bens minerais explorados em Mato Grosso estão o ouro, diamante, areia e cascalho, pedra britada, argila, calcário, concentrado de cobre e zino, minério de manganês, de cassiterita, cristal de quartzo e quartzo rutilado e água mineral. De calcário, são produzidas 4 milhões de toneladas, o que torna o Estado principal produtor. Estado também já foi maior produtor de ouro do país.

Exploração – Jazidas auríferas do Estado podem ser exploradas por mineradoras e permissionários de lavras, sendo pessoas físicas ou cooperativas. De acordo com superintendente do DNPM, Jocy Gonçalo de Miranda, 50% da exploração é feita por garimpeiros e cooperativas. “É preciso requerer permissão de lavras ao DNPM, em seguida no órgão ambiental”. Após finalização dos trabalhos, permissionários são obrigados a recuperar área. Dentre as mineradoras já atuantes no Estado, a Apoena S.A. inicia produção neste ano, após investimento de US$ 12 milhões na região de Vila Bela da Santíssima Trindade e Nova Lacerda, de onde serão extraídas 3,5 toneladas de ouro ao ano.

Região de Pontes e Lacerda e Porto Esperidião devem produzir, até 2013, 10 toneladas de ouro por ano, após investimentos de R$ 51 milhões pela Serra da Borda Mineração S.A. (Yamana Desenvolvimento Mineral S.A.).

E, para 2012, a exploração mineral na região de Nova Xavantina deve render 1,5 toneladas de ouro ao ano, obtidas pela Mineração Caraíba S. A, responsável por investimento de R$ 150 milhões, desde 2009. De acordo com geólogo da Mineração Caraíba, Daniel Suman, um dos maiores exploradores de ouro do mundo (Kinross) está instalado em Nova Xavantina. “Conheço outras regiões, como Poconé, que tem potencial para ser depósito mundial”.

Mercado – Do ouro produzido no Brasil, 75% é exportado, conforme registro do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram). Principais compradores são Reino Unido (45%), Suíça (32%), Emirados Árabes (12%) e Estados Unidos (9%).

A Gazeta

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