Ele está na China para avaliar como a crise na Europa e nos EUA impactará o principal cliente da empresa.
“A construção representa 50% da demanda de aço. O novo Plano Quinquenal [metas do governo chinês para o período 2011-5] dá uma ênfase muito grande à construção de moradia”, afirma.
Segundo Martins, os chineses têm um grande deficit de moradias. “O número que se fala é de construir 8 milhões de residências por ano.”
“Nas reuniões com o governo, há muita ênfase nesse plano, porque é uma fonte de pressão social forte. Eles acreditam que, se eventualmente tiverem de mexer em algu- ma coisa, não será nisso.”
Martins afirma que o preço do minério praticamente não variou até agora. “Entrou na crise a US$ 179,50 por tonelada e ontem [anteontem] fechou a US$ 178,50.”
Segundo ele, a grande duvida é o impacto da crise. “Nas conversas que tive, a grande questão é como a crise na Europa, nos EUA, afeta os países da Ásia que são grandes exportadores para essas regiões.”
“A minha sensação é: não dá ainda para falar sobre o impacto. Mas, deixando a crise de lado, tem muita urbanização pra ser feita.”
“A gente sempre faz a estimativa pra quando o mercado entra em equilíbrio, em que a oferta de minério superaria a demanda. Cinco anos atrás, a gente dizia que seria em 2010. Hoje, achamos que é pra frente de 2015. Estamos moderadamente otimistas”, afirmou Martins.
Folha Online