Setor mineral está entre os mais promissores de Mato Grosso. Prova disso é o crescente número de requerimentos de pesquisa e investimentos em solo estadual. Entre os minerais em estudo estão ouro, diamante, fósforo e potássio, ferro, calcário, cobre e outros. Os municípios onde foram identificados indícios e até mesmo comprovada a existência de minérios são Paranatinga, Alta Floresta, Aripuanã, Vila Rica, Pontes e Lacerda, Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Nova Xavantina e Tangará da Serra.
Dados do Departamento Nacional de Produção Mineral em Mato Grosso (DNPM) mostram que de janeiro a junho deste ano foram protocolados 575 requerimentos de pesquisa mineral no Estado. O número é 5,7% inferior ao contabilizado no mesmo período do ano passado, quando somaram 610. Apesar da redução, isso não significa que a atividade está estagnada ou em baixa. Superintendente do órgão no Estado, Jocy Gonçalo Miranda, afirma que o Estado está investindo em pesquisa e mapeamento geológico e geofísico, em um trabalho realizado pela Secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme).
“O potencial mineral de Mato Grosso é muito grande e está sendo redescoberto. Muitas empresas estão sendo atraídas para cá”. Os trabalhos demandam tempo, já que entre a pesquisa, comprovação de que há potencial mineral e exploração são vários anos. Segundo Miranda, uma produção experimental com manganês vai começar em Juína e Juara em duas minas. Em Guiratinga deve ter início a produção de minério de ouro. Também existem minas em Pontes e Lacerda e Porto Esperidião. “Passada a crise de 2008, as empresas estão voltando às pesquisas em ouro e diamante. Ouro está batendo recordes de preços nos últimos meses. Isso porque é um investimento seguro”.
Não é só Mato Grosso que passa por um momento de valorização do setor mineral. No país as pesquisas também estão a todo vapor. Até maio deste ano, segundo o DNPM, foram protocolados 11,257 mil requerimentos de pesquisa, licença, lavra garimpeira e extração de minérios, alta de 43,7% em relação a igual intervalo do ano passado. De acordo com o levantamento, a Bahia é o estado tido como nova fronteira mineraria brasileira, superando Minas Gerais. Outras unidades da federação que se destacam são Goiás, Rio Grande do Sul e São Paulo.
Descoberta – em várias regiões de Mato Grosso estão sendo descobertas áreas com potencial mineral. O mais recente é um depósito de fósforo e potássio na cidade de Mirassol D’Oeste, descoberta no fim de agosto do ano passado. Estudos estão sendo feitos pela empresa GME4, de São Paulo, desde o fim das chuvas e a etapa atual consiste na perfuração de poços e coleta de material, enviado para análise.
“Estão na perfuração do terceiro poço”, informa o superintendente de Mineração da Sicme, Joaquim Moreno. Ele afirma que as pesquisas com fosfato estão bastante otimistas e que as perspectivas são muito boas. “A expectativa é que entre em operação em 2012 uma área em Aripuanã, onde existe uma área polimetálica, com indícios de cobre, prata e principalmente zinco”, diz ao comentar que o setor está se revelando positivamente no Estado, com várias descobertas.
Entre os efeitos positivos, a prefeitura Aparecido Donizetti da Silva (PT) de Mirassol D’Oeste, afirma que a população está confiante no depósito descoberto no ano passado na cidade e que esperam bons resultados decorrentes dos investimentos a serem feitos pelas empresas atraídas ao local. Segundo o prefeito, a empresa responsável pelos estudos instalou um escritório na cidade e os trabalhos estão sendo realizados.
Entre os efeitos do anúncio da descoberta, conforme Silva, está a valorização dos terrenos e imóveis da cidade. Em Mirassol a economia é baseada na pecuária e agroindústria, com frigoríficos de abate de aves, laticínios, produção de etanol, além da agricultura familiar. “Com esta outra riqueza esperamos que mais empresas venham para cá”.
Produção mineral – Segundo levantamento do DNPM, Mato Grosso é o maior produtor de calcário do país com 5 milhões de toneladas por ano. A produção é está localizada nas cidades de Nobres, Rosário Oeste e Tangará da Serra (90%) e Paranatinga, Primavera do Leste e Cocalinho (10%). São 27 unidades de produção em atividade produzindo pó corretivo, cimento e brita.
Ainda conforme do departamento, o Estado também lidera a produção de diamantes com 100 mil quilates por ano, sendo que 70% deste volume é produzido em Juína. Com a crise econômica mundial houve retração no comércio e conseqüentemente no preço, das 4 empresas 3 estão com as minas paralisadas e das 22 permissões outorgadas em Juína somente 6 encontram-se em operação. Produção de ouro ocorre em ocorre, Nova Lacerda, Peixoto de Azevedo (pequenas mineradoras).
Fonte: www.primeirapaginamt.com.br