Segundo Barreto, o levantamento geofísico do país é fundamental para os empresários e empreendedores da mineração em geral poderem desenvolver seus investimentos no país. “É mais conhecimento e poder para investir melhor, nos lugares corretos”, disse ele ao iG.
Atualmente, grandes empresas como a Vale e as mineradoras de Eike Batista investem onde possuem levantamento geológico detalhado das jazidas minerais, mas o levantamento geofísico pode auxiliar os primeiros investimentos em novos projetos. “Queremos permitir a entrada de novos empreendedores nesse negócio, com mais segurança”, diz Barreto.
Atualmente, o Brasil possui 58% de seu território já mapeado, mas trata-se de levantamentos antigos, feitos a partir de 1970, quando nem se tinha ainda o método de localização por GPS.
Desde 2002, a CPRM está atualizando o mapeamento do país e já possui 18,2% do território brasileiro mapeado sob esse novo modelo. Entre 2004 e 2010, a CPRM investiu US$ 141 milhões nesse serviço de mapeamento, que envolve pequenos aviões bimotores. Para este ano, o orçamento é de US$ 24,5 milhões.
O mapeamento atual é feito com métodos que detectam a intensidade magnética e a radioatividade do solo, o que é capaz de indicar informações básicas sobre sua composição para os mineradores. “São indícios geológicos da mineralização das regiões”, diz Barreto.
Contexto da mineração
A mineração é vista pelo governo federal com um potencial de crescimento enorme de produção, assim como ocorreu com o petróleo depois de derrubada a fronteira do pré-sal.
Por esse motivo, o governo deverá enviar ao Congresso em breve o projeto de um novo Código Mineral, e, também pelo mesmo motivo, o setor passou a ter seus cargos cada vez mais desejados entre os parlamentares.
Fonte: www.economia.ig.com.br