O objetivo é incentivar as compras entre os próprios produtores e fornecedores. Os APLs são aglomerações de empresas localizadas em um mesmo território, que desenvolvem atividades econômicas semelhantes.
A informação foi dada à Agência Brasil pela secretária de Arranjos Produtivos e Desenvolvimento da instituição, Helena Lastres. Ela acredita que essa nova ferramenta estará disponível para aplicação neste primeiro semestre.
No próximo dia 2 de fevereiro, a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, se reunirá com técnicos do banco para definir formas de aprofundar as ações de apoio aos APLs que vêm sendo desenvolvidas em todo o país.
Helena Lastres informou que na reunião serão agendados novos encontros com representantes dos ministérios do Desenvolvimento Agrário, Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Trabalho, da Educação, Cultura, Integração Nacional e do Meio Ambiente.
Serão identificados novos instrumentos e políticas considerados prioritários para o desenvolvimento dos APLs. Helena Lastres disse que a área de Operações Indiretas do banco está analisando um mecanismo de Compras APLs, que visa a facilitar o acesso ao crédito para que os arranjos possam comprar deles mesmos.
“Isso para ampliar a possibilidade de interação entre eles, de quem vende o equipamento para o outro que vai produzir algum bem ou serviço. E aí a ideia é fortalecê-los para que possam enfrentar as dificuldades e sobreviver, que não é simples, principalmente para os pequenos. E depois, crescer juntos. É nessas interações entre quem produz e quem fornece que a gente pode encontrar a maior riqueza na mobilização de inovações, de conhecimento”.
Será dada prioridade aos arranjos produtivos de baixa renda ou de inclusão produtiva vinculados, por exemplo, ao programa Territórios da Cidadania, cujos objetivos são promover o desenvolvimento econômico e universalizar programas básicos de cidadania por meio de uma estratégia de desenvolvimento territorial sustentável.
A agenda do BNDES para apoio aos APLs de pequeno porte, voltados para a inclusão produtiva e o acesso a serviços públicos de qualidade, vai seguir as orientações do governo Dilma Rousseff, que definiu quatro eixos principais de atuação – econômico, de infraestrutura, desenvolvimento social e cidadania.
“Estamos antenados com todos eles mas, em particular, com os APLs para inclusão produtiva”, disse Helena Lastres. Como o banco dá prioridade não só à inserção produtiva, mas também aos serviços públicos essenciais, ela destacou que se trata de uma mobilização do desenvolvimento social.
“É inclusão produtiva, mas é também o aprimoramento da nossa capacidade de fornecer serviços básicos com maior qualidade”. Dessa forma, toda a agenda do banco no primeiro semestre envolve conversas com os parceiros.
Fonte: Correio Web