O documento atual data de 2006 e foi organizado pela Mineropar a partir da compilação de dados geológicos por uma demanda da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMA), para atender o Programa de Zoneamento Ecológico e Econômico (ZEE) do Paraná.
O mapa em revisão será ajustado à base cartográfica planialtimétrica (escala 1:50.000) e vai incorporar os estudos acadêmicos de geologia realizados por universidades de São Paulo, de Campinas, do Paraná, entre outras, os projetos de mapeamento na Região Sudoeste do Paraná (Mineropar e CPRM), da região central (Folha de Ponta Grossa), além do extensivo mapeamento para o detalhamento do Grupo Serra Geral que está em fase de conclusão pela Mineropar.
O mapa de 2006 também será revisado em questões fundamentais, como a descrição das unidades litológicas, a coluna estratigráfica, acrescidos de dados geológicos, litoquímicos e geocronológicos. “Também serão incorporados a ele novos dados cartográficos provenientes dos trabalhos acadêmicos”, informa o gerente de Gestão da Informação Geológica da Mineropar, Oscar Salazar Junior.
Segundo o geólogo da Mineropar, Donaldo Cordeiro da Silva, coordenador do projeto em andamento, a base do trabalho é um sistema de informações geográficas. A incorporação dos novos dados tem o apoio de uma empresa já contratada e será baseada no software Mina, do sistema de informações da Mineropar. O uso deste sistema garantirá a organização das informações geológicas, permitindo depois incorporar os avanços e gerar documentos em várias escalas,
No final do trabalho o documento cartográfico deve ser lançado, acompanhado de nota explicativa, em meio analógico e digital, além das outras formas de divulgação para os interessados, como os sites da Mineropar e da CPRM. A CPRM, na qualidade de Serviço Geológico do Brasil, tem especial interesse na participação neste projeto, por meio do Núcleo de Curitiba.
A importância deste trabalho é disponibilizar para a sociedade paranaense as informações geológicas do meio físico, para apoiar a ocupação do território, subsidiar o planejamento urbano e a implantação de infraestrutura, além de integrar a geologia na elaboração do Zoneamento Ecológico e Econômico e na confecção do Mapa Hidrogeológico, em andamento, sob coordenação do Instituto das Águas do Paraná.
SERRA GERAL – Os dados do mapeamento geológico do Grupo Serra Geral, na Região Oeste do Paraná, que está sendo concluído pela Mineropar , serão incorporados ao novo Mapa Geológico do Paraná. O mapeamento do Grupo Serra Geral está sendo feito a sul do paralelo 24o, com o objetivo de atualizar o conhecimento dos basaltos e rochas associadas, no Terceiro Planalto Paranaense, de modo a contribuir para o aproveitamento econômico dos recursos naturais (água subterrânea, metais especiais e minerais industriais), a gestão ambiental, a execução de obras de engenharia e o ordenamento territorial do Estado do Paraná.
Segundo o geólogo Edir Edemir Arioli, os resultados obtidos ao se completar o mapeamento do Grupo Serra Geral em dois terços do Terceiro Planalto, permitiram redefinir a sua classificação litoestratigráfica e subdividir em várias formações e membros. Esta subdivisão identifica quatro grandes sequências de rochas vulcânicas e sedimentares, denominadas formações, com características favoráveis a vários usos industriais e sociais.
A Formação Barracão é constituída por basaltos e rochas sedimentares porosas mais favoráveis à exploração de água subterrânea do que as demais formações, com baixo potencial para extração de materiais para construção civil. Sobre ela se desenvolveram os terrenos mais acidentados do Terceiro Planalto, pouco propícios ao desenvolvimento da agricultura.
A Formação Cascavel alia o potencial hidrogeológico da formação anterior à produção de brita e à prospecção de metais nobres e especiais (platina, paládio, ouro, cromo). O planalto de Cascavel contém a terra roxa, desenvolvida sobre os basaltos desta formação, mais ricos em ferro do que os basaltos das demais formações.
A Formação Candói é composta de basaltos mais aptos à produção de brita e pedra de talhe, insumos para recuperação de solo agrícola e gemas (ametista, quartzo, calcedônia, ágata, zeólita). O polo produtor de ametista de Chopinzinho situa-se sobre uma subunidade desta formação, no vale do rio Passa Quatro.
A Formação Covó sustenta os planaltos de Entre Rios e Palmas, no sul do estado, com potencial para fornecer argilas cerâmicas e especiais, pedra de talhe e material para revestimento na construção civil.
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