1. QUAIS SÃO AS PERSPECTIVAS DE MERCADO PARA 2010? CRESCIMENTO OU RETRAÇÃO? AVALIA QUE SEJA NA FAIXA DE QUAL PERCENTUAL?
Luis Lima, Presidente da Anicer: Crescimento, sem dúvida. O projeto Minha Casa, Minha Vida esta só começando e a própria recuperação econômica fará as vendas aumentarem no mercado da construção. Creio que o crescimento, em percentual, estará na faixa de 12.
Henrique Morg, Presidente do Sindicer/GO: O setor deve apresentar um crescimento em 2010, assim como outros setores da economia também projetam crescimento, devido ao fim da crise mundial que abalou o nosso país. A redução do IPI para a construção civil é um fator que também pode contribuir com este cenário Acredito que deve haver um crescimento da ordem de 20%.
José Abílio, Presidente do Sindicer/SE: As expectativas para o próximo ano são as melhores possíveis, com crescimento em torno de 20,0%.
Juan Roberto Germano, Presidente do Sindicer/RS: Avalio que o mercado deve crescer pelo menos 25%.
Sandro Augusto, Presidente da Aceram/AM: No Amazonas, estamos preocupados com uma possível retração. Falta material de queima na região e estamos com redução de 25% da produção, em pleno auge de vendas no mercado. Há um receio de não conseguirmos acompanhar a procura de material cerâmico suficientemente, em função da Copa do Mundo
Claudio Kurth, Sindicer Vales do Itajaí e Tijucas/SC: A perspectiva é de termos um aumento no mercado consumidor, mas não avalio o crescimento em percentual. Contudo, tenho convicção de que o ano será muito bom.
José Raimundo Bonato, Presidente do Sindicer/PR: Para os tijolos de vedação, estamos prevendo um crescimento de 30%; já para os blocos estruturais, supomos um decréscimo de 90%. para telhas e um crescimento de 30% e para tubos.
Fernando Ibiapina, Presidente do Sindicer/CE: Por tudo que estamos acompanhando em 2009, o crescimento da indústria cerâmica para 2010 não será menor do que 10%.
Gustavo Barduchi, Presidente da Acervir: Analistas do mercado financeiro avaliam que o PIB de 2010 ficará na faixa dos 4,5% de crescimento no ano. Para a construção civil, devemos ter uma situação privilegiada, com crescimento de aproximadamente 2% acima do PIB.
Paulo Coradini, Presidente do Sindicer/ES: Estamos otimistas quanto aos investimentos em programas apoiados pelo Governo, que envolvam a construção civil.
Ralph Perrupato, Presidente do Sindicer/MG: Nosso setor tem seu faturamento proporcional ao setor da construção civil. Segundo alguns analistas, a projeção de crescimento no setor da construção para 2010 será de 9% em Minas Gerais, o que acredito ser, de fato, a nossa projeção para o próximo ano.
Claudia Volpini, Presidente do Sindicer/MS: As expectativas são de aumento da demanda para o próximo ano. Pelo todo que ouvimos falar (e promessas de consumo), posso arriscar uns 20% no mínimo, retornando aos patamares de antes da “crise”, que de fato não atingiu drasticamente nosso setor, mas apenas refreou a demanda que estava muito alta na ocasião.
2. QUAIS SÃO AS PERSPECTIVAS PARA PROJETOS E PARCERIAS COM AS TRÊS ESFERAS ESTATAIS (FEDERAL, ESTADUAL E MUNICIPAL)?
Luis Lima, Presidente da Anicer: Temos um aquecimento econômico previsto para o ano que vem. Além dos programas que já estão em vigor, com o anúncio dos Jogos Olímpicos no Brasil e com a Copa do Mundo que está a caminho novas parcerias devem surgir para sustentar a demanda em função da indústria da construção civil.
Henrique Morg, Presidente do Sindicer/GO: Nenhuma. Na verdade, o que temos é uma reivindicação aos órgãos governamentais responsáveis: que a Portaria n° 127 do Inmetro, que estabelece o regulamento técnico metrológico sobre a indicação quantitativa e os critérios para comercialização e verificação dos componentes cerâmicos para alvenaria (blocos, tijolo maciço, elemento vazado e canaletas) esteja de acordo com a Norma ABNT, porque não está havendo essa sintonia nas normatizações e isso prejudica o fabricante.
José Abílio, Presidente do Sindicer/SE: Não existem projetos, nem parcerias, com os municípios. Mas nos âmbitos estadual e federal temos boas expectativas.
Sandro Augusto, Presidente da Aceram/AM: Aqui no Amazonas, as expectativas são boas. Vimos nos reunindo com algumas autoridades governamentais e apresentado nosso projeto de casa popular, que tem tido grande aceitação dentro do PAC.
Claudio Kurth, Sindicer Vales do Itajaí e Tijucas/SC: Em nossa região, não temos muitas parcerias com órgãos do governo. Nossos clientes são, em sua grande maioria, da iniciativa privada.
José Raimundo Bonato, Presidente do Sindicer/ PR: Não vejo Estatísticas: segundo os depoimentos, 2010 reserva boas surpresas para a indústria de cerâmica vermelha possibilidades de projetos e parcerias com as três esferas estatais.
Fernando Ibiapina, Presidente do Sindicer/CE: No setor cerâmico do Ceará, não vemos possibilidade de parceria direta com órgãos governamentais, visto que a construção civil é quem faz as Parcerias Público-Privadas (PPPs) e nós participamos como parte da cadeia produtiva.
Gustavo Barduchi, Presidente da Acervir: O Governo Federal tem ajudado o setor da construção civil, com planos e metas ousadas para a habitação popular, e também a desburocratização do sistema de financiamento. Considerando que 2010 é um ano de eleições, deve ser um ano promissor.
Paulo Coradini, Presidente do Sindicer/ES: São muito boas, pois os programas do governo federal, com parcerias estaduais e municipais, irão contribuir para a interiorização dos investimentos habitacionais, dando-nos oportunidades para participar com nossos produtos de excelente qualidade e menor custo.
Ralph Perrupato, Presidente do Sindicer/MG: Devem-se ampliar as parcerias nestas três esferas do governo, considerando os grandes investimentos anunciados para o ano que vem.
Claudia Volpini, Presidente do Sindicer/MS: Os projetos de esfera Federal são os mesmos de todo o país: casas populares. O Estado vem dando um incentivo especial à construção civil, no rastro da “industrialização” do Estado. Alguns municípios receberão investimentos em escala gigantesca, o que reflete na estrutura dos mesmos o consequente aumento de necessidades básicas, com moradias, escolas etc, aumentando significativamente a demanda do nosso setor. Fora isso e com a adesão de um bom número de empresas ao PSQ blocos e telhas, estamos planejando para breve uma conversa com Estado, CEF e Municípios.
3. QUAIS SÃO AS PERSPECTIVAS PARA O SETOR DA CERÂMICA VERMELHA COMO UM TODO?
Luis Lima, Presidente da Anicer: As perspectivas são as melhores, especialmente para aqueles empresários que entendem a importância da qualidade de seus produtos. Quem não acompanhar o nível de qualidade do mercado, fica de fora da competição. A necessidade de uma conscientização ambiental do setor também vai permear o próximo ano. Sustentabilidade e qualidade são as palavras de ordem para 2010.
Henrique Morg, Presidente do Sindicer/GO: Defendo, e esta é uma posição do Sindicer/GO, que este segmento pode e deve ser incentivado e fortalecido. O que , entretanto, em nossa avaliação, depende de uma maior união da classe e de ações neste sentido por parte da própria Anicer.
José Abílio, Presidente do Sindicer/SE: Esperamos que 2010 seja um ano excelente, e que, com o apoio do governo federal, possamos ter um crescimento significativo na construção civil, com cerâmicas mais modernizadas, atendendo satisfatoriamente toda a demanda do mercado.
Juan Roberto Germano, Presidente do Sindicer/RS: Temos boas expectativas para o setor da cerâmica vermelha, no ano de 2010, de maneira geral.
Sandro Augusto, Presidente da Aceram/AM: Definitivamente, nosso grande problema é material de queima, por isso estamos trabalhando juntos com o governo para a implantação de umdistrito industrial cerâmico, com o uso de gás natural, visto que a legislação ambiental no Amazonas é diferente do resto do país, fazendo com que essa matriz tenha viabilidade.
Claudio Kurth, Sindicer Vales do Itajaí e Tijucas/SC: Boas perspectivas para 2010. No entanto,o empresário maior competitividade no mercado e qualidade dos seus produtos.
Paulo Coradini, Presidente do Sindicer/ES: São otimistas e serão maiores ainda se aprovarem a emenda cons t i tucional PEC 285/2008, que destina, no mínimo,2% da arrecadação da união, e 1% dos estados e municípios, para o programa Moradia Digna.
Ralph Perrupato, Presidente doSindicer/MG: As perspectivas são boas. Existem grandes investimentos previstos para a construção e só depende de nós mesmos garantirmos uma boa fatia deste “bolo”. A Anicer será muito importante para nos ajudar nesta empreitada, principalmente nas obras governamentais.
Claudia Volpini, Presidente do Sindicer/MS: Acredito em um ótimo ano por vários motivos, além das eleições. A recomendação ou aparte é que nosso setor deve se preparar para esse consumo, uma vez que os produtos alternativos (leia-se cimento) estão com as mesmas perspectivas que nós da cerâmica vermelha deve ter uma grande preocupação com a qualidade e a normatização de seus produtos. Quem não alcançar níveis de qualificação adequados poderá ter dificuldade na comercialização. E mais: com o mercado crescente, teremos reajustes em em nossos valores comerciais, pois precisamos nos preparar com relação à mão de obra, que ficará mais escassa.
José Raimundo Bonato, Presidente do Sindicer/PR: Estamos muito otimistas. Este ano, 40% de nossos ceramistas investiram, crescendo até 50% de sua capacidade produtiva. A expectativa para o ano de 2010 é de crescimento desses números.
Fernando Ibiapina, Presidentedo Sindicer/CE: Vejo que temos boas perspectivas para os próximos anos.
Gustavo Barduchi, Presidente da Acervir: Tendo em vista um cenário positivo, as cerâmicas que estiverem estruturadas, com certeza aproveitarão a oportunidade. Acredito também que o setor cerâmico está passando por um processo rápido de modernização, e num futuro muito próximo, teremos fábricas produtivas e enxutas.
Fonte: Anicer