sab, 22/09/2007 – 11:49
Foi aberto ontem à noite, no Cietep, em Curitiba, o 4º Seminário Nacional de APLs (Arranjos Produtivos Locais) de Base Mineral, promovido pela Mineropar em parceria com o Ministério de Minas e Energia, Ministério da Ciência e Tecnologia, Rede Paranaense de Apoio aos Arranjos Produtivos Locais, Sistema Fiep e governo do Estado do Paraná.
Durante a abertura, o coordenador do Conselho Setorial da Indústria Mineral da Fiep e presidente do Sindicato das Indústrias de Calcário do Paraná, Cláudio Grochowicz, representante do presidente da Federação, Rodrigo da Rocha Loures, disse que desde 2004 a entidade apóia e desenvolve Arranjos Produtivos Locais no Paraná, contando hoje com 22 APLs. Desses arranjos, são de base mineral os APLs de louça e porcelana, em Campo Largo, e cal e calcário na Região Metropolitana de Curitiba e nos Campos Gerais.
Ele apresentou resultados práticos de sucesso de APLs, compostos por cinco sindicatos da indústria de calcário, como a criação de uma central de vendas que reduziu os custos da comercialização e ampliou a oferta de produtos. Grochowwicz destacou ainda a ação da Mineropar no apoio à mineração no Estado.
O diretor presidente da Mineropar, Eduardo Salamuni, representante do governo do Estado do Paraná, ressaltou que os APLs são uma forma “inteligente” e “eficaz” de um setor que era competitivo entre si.
Segundo Salamuni, os Arranjos Produtivos Locais levam à prática de boa gestão, incrementam a tecnologia e o relacionamento interempresarial entre as micro, pequenas e médias empresas, além de promover o desenvolvimento sustentável. Ele explicou que a produção mineral do Paraná hoje é voltada para a agricultura e, principalmente, à construção civil.
O Secretário Adjunto de Geologia, Mineração e Transformação Mineral (SGM) do Ministério de Minas e Energia, Carlos Nogueira Junior, representante do ministro do MME, Nelson Hubner, falou durante a abertura do evento, que o Ministério quer aplicar recursos em projetos que tenham resultado, continuidade e contribuam para o desenvolvimento regional.
De acordo com Nogueira, o segmento de base mineral é importante para a economia e para a fixação das pessoas onde vivem, evitando o êxodo nas cidades. Em sua palestra, logo após a abertura do seminário, ele mostrou como o governo federal vem tratando o setor mineral no Brasil e destacou a importância da mineração para a economia do país.
Segundo dados apresentados pelo secretário, hoje a mineração representa 37,5% da balança comercial do Brasil e 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Além da Agricultura e do Turismo, a Mineração foi priorizada pelo governo federal por causa de seus efeitos geradores de divisas indispensáveis à redução da vulnerabilidade externa e à sustentação do crescimento.
O ano de 2007 tem sido especial, na avaliação de Nogueira, devido à elevação do preço das commodities, proporcionando alta rentabilidade ao setor; à escassez de matéria-prima mineral no mercado por exaustão das jazidas ou limitação das unidades produtivas em ofertar e atender as demandas; ao fator China, que anunciou reserva estratégica de minerais com o objetivo de não sofrer estrangulamento de suprimento futuro como o urânio, o cobre, o alumínio, o manganês e o tungstênio.
Outros setores da mineração também vêm se despontando no mercado, segundo Nogueira, como o de rochas ornamentais, além de outros. Uma das consequências desse bom momento do setor, apontada pelo secretário do MME, é a absorção de pessoal técnico. “Faltam profissionais no mercado”, disse Nogueira.
Seminário
O Seminário Nacional de APLs de Base Mineral prossegue hoje, 20, e vai até sexta-feira, 21. Hoje à tarde, o geólogo e coordenador do Pro-Calcário, da Mineropar, Oscar Salazar Junior, apresenta “Um Estudo de Caso – Pro-Calcário na Região Metropolitana de Curitiba; e o geólogo e coordenador do Pro-Cerâmica, da Mineropar, Luciano Cordeiro de Loyola, fala sobre “Um Estudo de Caso: Pro-Cerâmica no Oeste do Paraná. Na sexta-feira, 21, o evento termina pela manhã com palestras sobre “Sustentabilidade Ambiental da Pequena Mineração”, “Desenvolvimento e Inovação Tecnológica e debates.
Fonte: MINEROPAR