O semiárido é um local que absorve bem a atividade da extração mineral. Essa constatação faz parte de estudos apresentados no 4º Congresso Brasileiro de Rochas Ornamentais, iniciado no dia 6 de novembro, na Federação das Indústrias da Paraíba (Fiep), em Campina Grande.
De acordo com as pesquisas, no Seridó paraibano, que compõe parte do semiárido, a atividade se mostra promissora com várias pequenas indústrias de pedras semipreciosas. Mas, os empresários dessa área precisam se capacitar e adotar novas posturas, como incluir o conceito de sustentabilidade no seu trabalho.
“A mineração é a única atividade da região beneficiada pela seca. Se alguém for nas cidades mineradoras, todos estão ganhando dinheiro e sem se preocupar com a estiagem”, comenta o gestor do Sebrae na Paraíba, Marcos Magalhães, que coordena o Arranjo Produtivo Local (APL) de Minerais do Seridó Paraibano.
Para ele, a atividade no estado precisa de muitas melhorias, mas já conta com cerca de sete mil mineradores, divididos entre as regiões de Curimataú, Seridó e Sabugi. Desses, o Sebrae atende a cerca de 500 cooperados em sete núcleos de várias cidades. Cinco dessas cooperativas foram financiadas pelo projeto Empreender Paraíba.
Com o apoio, eles compraram máquinas para a melhoria da lavra de minerais de pegmatito, rocha ígnea cujos grãos medem 20 milímetros ou mais. Duas usinas de beneficiamento de feldspato, minério típico da região, também estão sendo ampliadas, uma na cidade de Pedra Lavrada e outra em Nova Palmeira.
“As condições de trabalho dos mineradores já melhoraram, mas ainda precisamos avançar. O objetivo desse congresso é agregar valor ao bem mineral e aumentar a renda do produtor”, explica Marcos Magalhães.
A programação completa do evento está disponível no site: http://cbro.com.br/programacao.pdf.
Fonte: Sebrae