Investimentos em tecnologia agregam valor à produção mineral

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Investir em tecnologia e pesquisa deixou de ser uma aposta no futuro para se tornar realidade no presente. Segundo um levantamento realizado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, no Pará, a aplicação de recursos do governo estadual em Ciência e Tecnologia (C&T) cresceu 17 vezes entre os anos de 2000 e 2009, saltando de R$ 6,8 milhões para R$ 122,7 milhões. No setor de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), o crescimento também foi constatado: de R$ 2,3 milhões em 2000 para R$ 15,2 milhões em 2009.

O setor de mineração também vem apostando no desenvolvimento de tecnologias para gerar mais produtividade, respeitando o meio ambiente, segundo conclusão divulgada pelo Instituto Brasileiro de Mineração, o Ibram, no último congresso do setor, realizado em novembro do ano passado, em Belém. E os resultados práticos já podem ser vistos nas empresas.

Em Juruti, no Oeste do Estado, área de atuação da mineradora de bauxita Alcoa, uma das inovações veio na forma de um robô, localizado no laboratório químico da Mina. Com a principal função de analisar as amostras de canaletas que auxiliam o acompanhamento da lavra por parte do setor de geologia, ele determina os teores dos principais compostos químicos que compõem a bauxita. A partir desses dados, é possível determinar a quantidade de alumina que poderá ser extraída do minério, bem como permitir melhor desempenho no seu beneficiamento.

A chegada do robô representou um marco nas análises químicas dentro da Companhia. Antes, chegar às respostas que hoje são entregues em 63 segundos, levava cerca de 4 horas. O risco de acidentes também diminuiu, já que os empregados não precisam mais entrar em contato com vidrarias para realizar a análise, além da redução dos custos, uma vez que a nova forma de análise não utiliza reagentes químicos nem gases industriais. Em atividade há pouco mais de um ano, o robô foi desenvolvido na Austrália e, além de Juruti, as unidades da Companhia no Suriname e na Jamaica também possuem a tecnologia.

Premiação

Mas o investimento da Alcoa em C&T abrange outros setores além do laboratorial. Este ano, a CIO da mineradora para a América Latina e Caribe, Tânia Nossa, ganhou o primeiro lugar no prêmio IT Leaders, na categoria Agronegócio e Mineração. A premiação já existe há mais de uma década, e reconhece o trabalho dos principais executivos de tecnologia da informação do país. Ela é a primeira mulher a integrar o ranking da premiação desde 2004.

O projeto premiado foi a implementação de TI para a Mina de Bauxita em Juruti, integrando negócios, comunidade e natureza. O empreendimento, além de tornar viável comunicação e processos, também estimulou o desenvolvimento social da região. Para Tânia, o sucesso na empreitada se deve ao trabalho em equipe, considerado essencial por ela. “Temos uma equipe diferenciada, nossos profissionais de Tecnologia da Informação trabalham em regime de colaboração, com foco em inovação e, acima de tudo, alinhados com as necessidades e expectativas do negócio. Eles são os grandes merecedores desse prêmio”, comenta.

Garantir inovações tecnológicas também significa apostar em ideias. Por isso, há dez anos, a Companhia promove o Prêmio Alcoa de Inovação em Alumínio, que estimula a utilização do metal na criação de projetos e soluções criativas e inovadoras, inclusive que envolvam resíduos de reciclagem de alumínio. Podem participar profissionais e estudantes de graduação e pós-graduação das áreas de tecnologia. As inscrições para a edição deste ano podem ser feitas no site da Alcoa (www.alcoa.com.br) até 15 de Março do ano que vem.

Fonte: O Liberal

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