SÃO PAULO – “Em 2015 será difícil de alcançar. Seria possível apenas via aquisições ou por reservas”, disse Martins.
Na semana passada a mineradora brasileira desistiu de comprar a fabricante de cobre sul-africana Metorex porque a companhia não se interessou em cobrir a oferta feita pela chinesa Jinchuan Group.
O executivo da Vale disse ainda, em conversa breve com jornalistas hoje após participar do Congresso da Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração (ABM), em São Paulo, que a mudança da meta de produção da mineradora de 522 milhões de toneladas para 469 milhões de toneladas em 2015 ocorreu por “questões de dificuldade de licenças ambientais”. “Todos os investimentos anunciados estão sofrendo dificuldades”, afirmou.
Em relação ao preço do minério de ferro, Martins considerou que eles devem seguir firmes, com uma demanda ainda bastante aquecida para o próximo ano. “Não é só a China que está demandando, mas todo o sudeste asiático”, afirmou.
Preços
O novo sistema trimestral de precificação de minério de ferro está atingindo bons resultados, segundo Martins. “O sistema está firme há seis trimestres. Além disso, ele considera a qualidade do minério de ferro brasileiro”, disse o executivo.
O novo sistema de formação de preços de minério de ferro considera os preços da matéria-prima no mercado à vista na China em um período de três meses. Por exemplo, para os preços para o quarto trimestre do ano serão utilizados a média dos preços à vista no mercado chinês dos meses de junho, julho e agosto. “Esse sistema também é mais flexível e leva em consideração as oscilações do mercado”, disse o diretor.
Ainda para a formação do preço, é levado em conta o preço do minério de ferro com concentração de 62%, mas no valor obtido, soma-se o adicional para a qualidade do minério. Em Carajás, a principal mina da Vale, a concentração do minério de ferro é de 66%.