Notícias PROTEC: “É preciso estimular os investimentos privados em inovação”

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 A inovação é uma ferramenta fundamental para que uma empresa mantenha-se competitiva, mas o processo de pesquisa e desenvolvimento é intensivo em investimentos e nem sempre garante resultados positivos. Para dividir os riscos com o empresariado, a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) contam com uma série de linhas com juros subsidiados voltadas especificamente para atividades de inovação. Essas iniciativas foram discutidas durante o último painel do X Encontro Nacional de Inovação Tecnológico (Enitec), realizado nesta quinta-feira (26/05), em São Paulo.

Segundo Flávia Kickinger, gerente da área de planejamento do BNDES, o banco tem apontado a inovação como uma prioridade, com um aumento significativo de desembolsos na área. “Saltamos de R$ 563 milhões investidos em 2009 para R$ 1,4 bilhão em 2010”, afirma. “Nossa expectativa é superar a meta de R$ 1,6 bilhões, ou seja, 1,2% do total de desembolsos do BNDES”. 

Entre as vantagens apresentadas pelas linhas do BNDES estão os custos menores em relação à média do mercado para financiar capitais intangíveis. Além disso, o a instituição conta com o cartão BNDES, que pode ser usado para a contratação de serviços tecnológicos. “Atuamos de forma complementar com outras instituições de apoio à inovação. O cartão pode ser usado para financiar a contrapartida do Sibratec, do MCT, e do Sebraetec, do Sebrae”, explica. 

De acordo com Flávia, o Brasil está hoje na contramão do resto do mundo, já que a maior parte dos recursos à inovação é proveniente do Governo. Em países desenvolvidos, e até mesmo entre os emergentes com a China, a maior parte dos investimentos vem do setor privado.

“A meta do BNDES é reverter esse quadro e estimular mais a participação das empresas. O banco procura apoiar e fomentar ações de capacitação em inovação, não apenas o desenvolvimento de projetos pontuais”, explica. “Queremos formar empresas inovadoras, em todos os setores da economia, não apenas no de alta tecnologia”.

João Florêncio da Silva, analista da Finep, lembrou que as duas instituições vem convergindo seus esforços para estimular a inovação, como o Programa de Sustentação do Investimento (PSI), do BNDES e operado pela Finep.  Durante o painel, Silva apresentou as linhas de recursos reembolsáveis da instituição, como o Programa Inova Brasil, o mais abrangente da instituição.

“O Inova Brasil atende a projetos de inovação de empresas de qualquer porte. Basta apresentar a capacidade de pagamento e a Finep poderá cobrir até 90% dos custos”, comenta. “A linha é voltada para projetos de até R$ 1 milhão e tem encargos de 4 a 8% ao ano”.

Outros programas apontados foram o Projeto Inovar, que aproxima as empresas de fundos de investimentos para aplicação em projetos inovadores, e o  Programa Juro Zero, voltado especificamente para pequenas empresas. “Esse programa é mais simples, sem burocracia nem exigências legais, pois não exige garantias por das MPEs”, explica. “Os valores são limitados a 30% do faturamento da empresa, podendo variar de R$ 100 mil e R$ 900 mil. Pagamento feito em cem parcelas sem juros, corrigido pela inflação do período”.


Fonte: Igor Waltz para Notícias Protec

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