O investimento de R$ 1,7 milhão atende a uma demanda do Conselho Regional de Desenvolvimento do Vale do Caí (Corede Caí), aprovada pelas “consultas populares” de 2007, 2008 e 2009 e beneficiará o setor ceramista.
O projeto iniciado em março de 2009, sob a coordenação de pesquisadores do Núcleo de Pesquisa – Projeto e Fabricação em Engenharia, vinculado ao Centro de Ciências Exatas e Tecnologia, prevê a instalação de um laboratório para a caracterização de matérias-primas, consultorias para o setor produtivo e o desenvolvimento de um novo produto. O objetivo é fazer o mapeamento geológico dos recursos minerais no Estado e extração de argila para produção de semimanufaturados e atender a uma das dificuldades enfrentadas pelos produtores de cerâmica no Vale do Caí, que é quanto à prospecção de fontes de matéria-prima.
De acordo com o coordenador do projeto, o professor Robinson Carlos Dudley Cruz, algumas empresas estão consumindo argilas de jazidas que se localizam a 60 quilômetros das fábricas, o que encarece o custo de produção. “Nem toda argila é tecnicamente viável para a produção. O laboratório vai auxiliar neste processo de identificação”.
A estrutura que deve ser instalada em Bom Princípio, em área doada pelo município, é um ponto estratégico entre dois importantes polos da construção civil: Caxias do Sul e Porto Alegre. Os equipamentos já foram adquiridos e a partir da sua implantação, os técnicos poderão analisar as amostras de argila e determinar se naquele local existe matéria-prima em quantidade e tecnicamente adequada.
Além de ajudar a desenvolver o setor produtivo, o projeto da Cerâmica Vermelha, como é denominado, tem importância social na medida em que vai qualificar e diminuir os custos de produção de insumos da construção civil. A argila é utilizada na fabricação de telhas, tijolos, blocos, tubos cerâmicos, lajotas, pisos, entre outros.
Fonte: UCS