A alta mundial do preço do barril de petróleo e dos alimentos tem colocado a comunidade internacional em alerta, inclusive, suscitando discussão no âmbito das Nações Unidas (ONU). No Brasil, o governo começa a estudar mecanismos para diminuir nossa dependência de insumos utilizados na agricultura como: o combustível e derivados de petróleo utilizados nas máquinas usadas na lavoura e na logística do setor, fertilizantes, adubos dentre outros. O objetivo é de dirimir o contraste entre ser um dos maiores produtores de alimentos do mundo e também um dos maiores importadores de insumos para a agricultura.
O Brasil importa cerca de 80% dos fertilizantes que consome. Na última segunda-feira 09/06/08 o ministro das Relações Institucionais da Casa Civil, José Múcio, confirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ordenou a estruturação de um grupo de trabalho, incluindo a ministra Chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, o ministro de Minas e Energia (MME), Edson Lobão e representantes das empresas Vale e Petrobrás. “A alta nos preços de fertilizantes é um problema nacional que precisa ser encarada com seriedade”, concluiu Múcio.
O assunto já é discutido, no âmbito do MME, que ao longo do ano está promovendo vários seminários sobre a participação do setor mineral na indústria nacional de fertilizantes. O Grupo de Trabalho: Insumos Minerais para a Indústria Brasileira de Fertilizantes, promovido pelo MME/SGM – DNPM –CPRM, realizou o primeiro seminário em maio deste ano discutindo o tema fosfato; em 05 de junho realizou-se, em Brasília o 2° seminário que discutiu a utilização do calcário, enxofre e da rochagem; e realizará no final deste mês, 27/06/08, em Aracajú (SE), o último seminário do GT que abordará temas relacionados ao potássio e ao nitrogênio. Nas palestras são discutidos assuntos como: produção atual, projeção de demanda, perspectivas e desafios do setor, dentre outros.
por: Claudio Almeida
Jornalista da RedeAPLmineral
Fonte: RedeAPLmineral