A atividade do setor mineral no Ceará já possui expressão e o coloca, hoje, como o 2º maior produtor do Nordeste, perdendo apenas para a Bahia. Mesmo assim, com uma vasta potencialidade ainda a ser explorada, a cadeia produtiva espera elevar ainda mais a competitividade do Estado. O novo passo, agora, é agregar valor a rochas típicas da região que ainda não são conhecidas no mercado nacional e internacional, atingindo, assim, uma economia de escala que poderá gerar grandes divisas.
A afirmação é do presidente em exercício da Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece), Eduardo Diogo. Segundo ele, existem diversas rochas ornamentais que precisam de um maior investimento em estratégia de marketing.
Para fortalecer a cadeia e incentivar este setor, foi criada a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Setor Mineral, que terá hoje a sua primeira reunião, na qual serão eleitos o presidente e os secretários do órgão, além de aprovado o regimento interno. A idéia é que as principais propostas da Câmara sejam transformadas em políticas governamentais.
As sugestões devem ser muitas, posta em questão a potencialidade do Estado. O Ceará produz atualmente mais de 100 mil metros quadrados de granito pronto, mas as pesquisas geológicas por aqui apontam para uma capacidade de produção bem maior, com estimativas de reservas que superam os 800 milhões de metros cúbicos, entre diferentes minerais.
´O Ceará possui cerca de 80% do seu solo cristalino, o que o faz rico em mármores e granitos, especialmente na região norte do Estado´. Somente na mina de Itataia, em Santa Quitéria, a previsão é de uma produção de 120 mil toneladas de fosfato e 800 toneladas de urânio por ano.
Concessões
Segundo o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), existem aqui registradas 164 áreas com concessões de lavra, distribuídas entre 63 empresas, dentre elas estão as integrantes dos grupos Brennand, Carbomil, Chaves, Edson Queiroz, do Grupo J. Macedo, João Santos e Votorantin.
Sérgio de Sousa
Repórter
Fonte: Diário do Nordeste