O governo de Minas Gerais acaba de reconhecer formalmente mais um Arranjo Produtivo Local (APL) no Estado. O “APL Vale do Aço”, fundado em 2016, reúne empresas do setor metalmecânico da região e já tinha o aval do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Mdic). Agora, com a formalização por parte da Secretaria Extraordinária de Desenvolvimento Integrado e Fóruns Regionais (Seedif), a associação contará com mais competitividade nos mercados nacional e internacional.
“Esta chancela nos coloca em evidência nos cadastros e bancos de dados, como região produtiva de destaque, e poderá acarretar em mais estímulos para o nosso setor, seja por meio desses próprios agentes governamentais, instituições de fomento ou até mesmo organizações de outros países”, avaliou o diretor-presidente do APL Vale do Aço, Marlon Duarte.
ESPECIAL ARRANJOS PRODUTIVOS LOCAIS
Segundo ele, esses estímulos poderão ocorrer no sentido da viabilização de ações desenvolvimentistas em diferentes áreas, como inteligência de negócios, capacitação de mão de obra, pesquisa e desenvolvimento e até internacionalização das empresas locais. E essa combinação de fatores necessariamente levará a um aumento da competitividade das empresas em questão.
O dirigente lembrou que o APL é uma associação privada, sem fins lucrativos, que promove o desenvolvimento dos negócios de determinada região. No caso do APL do Vale do Aço, Duarte ressaltou que o reconhecimento formal por parte do governo do Estado foi uma conquista fruto de
luta de muitos anos, encampada pela deputada Rosângela Reis, em conjunto com o empresariado do setor de metalurgia.
“Nossa vantagem em comparação às demais regiões produtivas mineiras diz respeito ao fato de sermos o único APL de Minas com personalidade jurídica própria. Nosso arranjo é uma associação com CNPJ, que possibilita mais envergadura e capilaridade, uma vez que se pode firmar acordos e convênios com diferentes prestadores e órgãos da sociedade”, apontou.
Representatividade – Ao todo, cerca de 80 empresas compõem o polo industrial entre pequenas e médias empresas do setor metalmecânico. E para o diretor-presidente do APL, a representatividade dessas indústrias também foi fundamental para a conquista do novo certificado. De acordo com ele, o reconhecimento ocorreu em um momento muito importante, dada a conjuntura econômica brasileira e a recuperação de diversos setores no País, como a indústria da transformação. “Acredito que todos os incentivos e apoios às ações a serem implantadas, como fruto desse reconhecimento, terão execução e resultados positivos, contribuindo para um melhor desempenho do setor”, considerou.
Por falar em desempenho, em 2017, o APL permaneceu fortemente impactado pela crise econômica brasileira, cenário que já tem se mostrado diferente no início deste ano. “A gente vem sentindo uma retomada nos pedidos e cotações desde janeiro. No entanto, se trata de uma recuperação lenta e aquém do que imaginávamos”, admitiu Duarte.