O setor mineral dá mais um passo para conhecer as emissões de gases de efeito estufa (GEEs). Nesta quarta-feira, 28/11, o Instituto Brasileiro de Mineração iniciou a 2ª fase do Inventário de Emissões de Gases Efeito Estufa do Setor Mineral.
“A intenção é atualizar, ampliar e refinar o trabalho”, ressaltou a Coordenadora do Estudo, Isaura Frondizi. Nesta etapa, o Inventário Setorial de GEE irá ampliar os bens minerais a serem considerados e incorporar mais empresas mineradoras. Se no primeiro documento foram analisadas 10 tipologias, agora 15 bens minerais serão estudados, que compreendem 90% da produção mineral brasileira: bauxita, caulim, cobre, ferro, manganês, fosfato, carvão mineral, estanho, nióbio, níquel, potássio, zinco, agregados (brita e areia) e rochas ornamentais e gesso.
“As novas tipologias foram escolhidas por dois critérios. Um foi a questão da representatividade e o outro é a demanda que surgiu das discussões públicas setoriais. Ou seja, é uma solicitação da sociedade, principalmente agregados da construção civil, carvão mineral e rochas ornamentais e gesso. A partir dessa solicitação, vamos estudar a viabilidade de incorporar estes bens minerais ao estudo”, ponderou Isaura Frondizi.
Para a construção do 2º Inventário as informações fornecidas pelas empresas associadas serão a principal ferramenta de trabalho. Após a consulta e elaboração do diagnóstico, as mineradoras serão convidadas a validar os resultados. Ao final do processo, os dados também terão que ser validados por diversas áreas do Governo Federal. “Dessa forma, o setor mineral está buscando mitigar a emissão de gases de efeito estufa de uma forma consistente. Conhece suas limitações e planeja os próximos passos de uma forma gradual, sistemática e permanente”, reforçou o Diretor de Assuntos Ambientais do IBRAM, Rinaldo Mancin.
1º Inventário
O 1º Inventário de Emissões de Gases Efeito Estufa do Setor Mineral, uma ação convergente do setor de mineração com o esforço global de combate às mudanças climáticas, mapeou as emissões de um grupo de bens minerais de grande representatividade e identificou o setor como um baixo emissor.
O estudo teve, também, papel fundamental na qualificação política do setor, uma vez que serviu de subsídio para o Plano Setorial de Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas da Mineração (Plano MBC), coordenado pelo Ministério de Minas e Energia. Este instrumento definiu cenários de mitigação de emissão de GEE e identificou as ações possíveis para seu alcance. Definiu ainda que o monitoramento e acompanhamento das ações sejam feitas por meio de inventários setoriais, em acordo com o setor produtivo.
Fonte: Ibram