Pouco mais de dois anos após sua criação, o Roteiro Turístico das Gemas e Joias do Rio Grande do Sul, projeto do Ministério do Turismo, Ins-tituto Brasileiro de Gemas (Ibram), Secretaria de Estado do Turismo, La-zer, Esporte e Sebrae, começa a render os primeiros frutos. Empreendedores já percebem o aumento de visitantes e trabalham para melhorar suas estruturas e potencializar o momento.
Bons hotéis, uma gama maior de atrativos e a profissionalização no atendimento são algumas das estratégias para manter o ritmo de crescimento anual médio de 30% no número de visitantes. “Ao passo que ampliamos a divulgação em feiras e eventos, os empreendedores se qua-lificam para receber mais visitantes, criando um ambiente mais favorável ao turismo”, percebe o vice-prefeito de Ametista do Sul, Sílvio Ponzio.
Motivos para conhecer as oito cidades envolvidas na rota (Porto Alegre, Lajeado, Estrela, Guaporé, Frederico Westphalen, Ametista do Sul, Soledade e Santa Cruz do Sul) não faltam. Além de conhecer as belas pedras preciosas e vivenciar de perto o processo de extração e beneficiamento, o visitante passa por propriedades rurais, desfruta de gastronomia local e mergulha na cultura e na história do Norte do Estado.
Em Soledade, Guaporé, Ame-tista do Sul e Frederico Westphalen, as atrações são o processo de industrialização e o comércio das pedras preciosas. Em Lajeado e Santa Cruz do Sul, há também visitas a centros históricos e culturais. Em Porto Alegre, destacam-se o Museu de Ciências da PUC e os museus de Geologia e Mineralogia.
Em Estrela, há vários atrativos como o passeio Delícias da Colônia, no qual se visita o Alambique Berwanger, a fábrica de chocolates caseiros Sirlei e o centro de artesanato na velha estação de trem, entre ou-tros. “Não queremos competir entre atrativos, por isso cada empreendedor apresenta algo diferente”, explica Inácio Berwanger, proprietário do alambique.
Na cidade, também é possível comprar pedras preciosas por bons preços. Estrela é sede da loja da Coopedras, rica em itens como relógios de parede, chaveiros, ornamentos com ágatas e quartzos, entre ou-tros. “A loja existe há cinco anos, mas recentemente temos percebido um bom aumento no fluxo de visitantes em excursões”, explica João Gilberto Werle, sócio da Coopedras.
As visitas pelo roteiro têm viagens regulares pelas operadoras Rota Cultural, Imitur e Fellini. Na Rota Cultural, por exemplo, o pacote de quatro dias custa R$ 503,00, incluindo transporte, hotel, ingressos nos passeios, city tour e visitação em fábricas e lojas. Mais informações sobre as atrações da rota e o contato das operadoras no site www.rotadasgemasejoias.com.br.
Ametista do Sul é parada obrigatória na rota
O ponto alto do Roteiro das Gemas e Joias é Ametista do Sul, capital mundial da pedra de seu nome pelas gigantescas jazidas que armazena. Na cidade de pouco mais de oito mil habitantes, o visitante se depara com mineração, opções de compras e construções à base de ametistas.
A Igreja de São Gabriel tem suas paredes cobertas por 30 toneladas de ametistas. O local apresenta uma peça única de ametista que serve como pia-batismal. Na praça da cidade está a pirâmide energizada, cuja cons-trução está sendo concluída pela prefeitura. Na quadra ao lado está o Shopping das Pedras e a LP Minerais, loja de atacado e varejo com minerais de todo o País. No local são comercializadas peças de decoração, como árvores de ágata, cristal, calcita e gipsita, esculturas de pássaros, fontes e itens de utilidade doméstica. Além de comprar, os turistas fazem fotos e se divertem em meio à diversidade. “É muito legal estar no meio dessas lindas peças geradas pela natureza”, define o catarinense Juliano de Oliveira, que levou a esposa e o filho para visitarem a cidade no feriado de Páscoa.
O mais antigo e fascinante atrativo do município é o Ametista Parque Museu. Trata-se de um complexo turístico com museu de pedras esculpidas caprichosamente pela natureza, mirante para garimpos, loja e visita à mina desativada. Nele o turista pode percorrer os túneis acompanhado por guia, ver pedras preciosas e aprender os processos usados para extração. “A mina tem mais de um quilômetro e está totalmente adaptada para receber bem os visitantes”, explica o fundador e proprietário do parque, Valmor Fronza.
Fonte: UOL